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Nao gosto de poesia. E assim: pego algumas palavras, que ja conhecia, e as coloco enfileiradas ou de uma outra forma qualquer. Leio. Nao era assim que eu queria ve-las. Nao gosto do que li. Volto e tiro um “foda-se” que parecia querer sobrepujar as outras palavras. Escrevo o "foda-se" em outro lugar. Tambem nao gosto. Fico puto. Apago o "foda-se" de vez. Leio de novo e nao gosto de mais nada. Dou uma fungada e penso em apagar tudo o que escrevi. Rearranjo. "Foda-se!" Mas estava tao bonito! Aquela palavras vieram de uma inpiracao intensa. O que teria acontecido? Fico lendo meio de longe… vou ate a cozinha e dou um gole no cafĂ©. Volto e leio tudo de uma vez. Procuro algum sentido, alguma coisa que esteja escondida. Alguma coisa criativa. Alguma coisa nova. Uma vida... Nada. Nao acho nada. A mesma merda. Nao gosto de poesia. Apago tudo e escrevo o "foda-se" bem grande no meio da folha na telinha.
TEXTICULOS sao relatos explicitos de tudo aquilo que estava implicito. Nao saia desse blog antes de deixar um comentario. Mesmo que seja para me mandar a merda. Valeu.
Saturday, July 15, 2006
A Mesma Merda
Posted by Renato Vargas Simoes at 11:54 AM
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