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O homem na cadeira de rodas nao tem as duas pernas. Ele fica sempre estacionado na frente do seven-eleven. Sempre a noite. As pessoas param rapidamente os carros e ele se aproxima com a sua cadeira. Entrega um pacotinho e pega o dinheiro. Ele fica boa parte da noite fazendo isso. Algumas pessoas ficam incomodadas vendo o homem sem pernas fazendo esse servico sujo. Ele devia fazer outra coisa na vida! Dizem que ele perdeu as pernas na guerra. As pessoas incomodadas o denunciaram a policia. Ele foi preso com cadeiras de rodas e tudo. Depois de uns dias ele estava de volta no mesmo lugar e fazendo a mesma coisa. As pessoas incomodadas de novo avisaram a policia que havia prometido a ele que da proxima vez seriam implacaveis. Levaram e o deixaram uns dias no chao frio da cela do porao. Depois o tenente mandou que seus homens mais fortes fossem la e cortassem as pernas dele. De novo. Depois de uns dias la estava ele em frente ao seven-eleven vendendo os seus pacotinhos. Mesmo sem ter as duas pernas que havia perdido na guerra que serviu para levar a democracia a um outro pais muito distante. Mesmo sem ter as duas pernas que foram cortadas pela segunda vez pela policia na cela fria do porao.
TEXTICULOS sao relatos explicitos de tudo aquilo que estava implicito. Nao saia desse blog antes de deixar um comentario. Mesmo que seja para me mandar a merda. Valeu.
Monday, December 04, 2006
Servico Sujo
Posted by Renato Vargas Simoes at 10:18 AM
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1 comment:
Essa cronica é um conto de matemática, ou uma comédia dançarina sem pernas, porque do jeito que as coisas estão colocadas o cara tinha quatro pernas, ou tinha duas e falava que não tinha nenhuma, ou se não tinha nenhuma, como é que cortaram quatro. E quatro mais duas é igual a seis, ou seis mais duas é igual a oito, tirando-se oito fica zero.
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