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A mae do equilibrita jogava baralho. Ela era uma pessoa de sorte e sempre ganhava algum dinheiro. Quando olhava para as pessoas que haviam perdido, sentia uma certa alegria e uma certa tristeza ao mesmo tempo. Os olhares tristes, as esperancas perdidas. O dinheiro no bolso. Uma briga antiga essa do jogo de baralho, ela pensou. Tem gente que diz que isso e coisa da capeta. Tem gente que diz que e coisa dos homens. Eu nao sei. Acho que ninguem tem muita coragem de entender esse tipo jogo. A mae do equilibrista pensou em inventar um jogo em que ninguem perde. Inventou regras de modo que mesmo quem perdesse seria tambem um vencedor. Todo mundo ganharia dinheiro. Uma especie de moto-perpetua. O dinheiro nao seria repartido mas apareceria dinheiro novo feito em uma maquina embaixo da mesa, por exemplo. Coisa de mae. Queria que todos ganhassem. Fizeram um teste. Todo mundo ficou feliz por um tempo. Ate que alguem sugeriu que essa regra fosse aplicada em todas as atividades da nossa vida. O grupo foi enquadrado em uma lei chamada Pariotic Act. A mae do equilibrista pegou 20 anos sem direito a recorrer a liberdade condicional. Merecido.
TEXTICULOS sao relatos explicitos de tudo aquilo que estava implicito. Nao saia desse blog antes de deixar um comentario. Mesmo que seja para me mandar a merda. Valeu.
Monday, December 04, 2006
Jogo de Baralho
Posted by Renato Vargas Simoes at 10:13 AM
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1 comment:
Quem tudo quer nada tem. OP quem tudo tem não precisa de mais nada, ou quem tudo tem mais quer ter e perde tudo por causa da primeira regra: "quem tudo quer nada tem".
Comentários estilo Renatantan ou melhor Renatolice.
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